Fechar as contas do mês, manter o cartão de crédito com um valor que caiba no bolso, evitar compras supérfluas, não tocar na reserva de emergência, apostar na poupança e, ao mesmo tempo, na previdência privada… O homem moderno está sempre cercado de tarefas, cobranças e necessidades que não podem ficar para depois.
O resultado disso é, geralmente, o que chamamos de estresse financeiro. Trata-se de um termo que pode causar certa estranheza, já que não é tão comum, mas acredite: ele é bem autoexplicativo.
Quando falamos sobre estresse financeiro, nos referimos às sensações de incômodo, ansiedade, angústia e aborrecimento que são causadas por problemas relativos à dinheiro, carreira e expectativas do gênero.
Na prática, uma pessoa pode passar pelo estresse financeiro quando possui estabilidade, mas tem profundo receio de perder isso ou dívidas que não consegue quitar. Ter que abrir mão de determinadas coisas, como cursos, estudos e viagens, também nos afeta de forma bastante significativa.
Pessoas estressadas, além de perderem em qualidade de vida, sentem-se constantemente incapazes, têm problemas nas esferas profissional e familiar, podem apresentar mudanças de humor, depressão, entre outras coisas.
Para driblar a circunstância e manter-se são e saudável, é possível tomar algumas atitudes. Abaixo, daremos 5 dicas para quem deseja reduzir o estresse financeiro e, assim, fertilizar as suas relações e possibilidades. Confira.
Conheça 5 dicas para reduzir o estresse financeiro
Pode parecer óbvio, mas é fato: a melhor forma de reduzir o estresse financeiro é por meio da educação financeira e do controle de gastos.
A maior parte das pessoas não teve acesso aos princípios da educação financeira durante a escola ou período de crescimento. Os desafios da maioridade, que incluem ganhar dinheiro e utilizá-lo de maneira consciente, podem ser mais difíceis em situações do gênero.
Se está difícil manter as contas em dia, vale fazer uma lista de todos os gastos (quando o valor for variável, calcule a média mensal) e, então, cortar os supérfluos.
Dá um pouco de trabalho, mas faz muita diferença: quando a sua planilha estiver pronta, você ficará surpreso com a quantidade de dinheiro que gasta com aplicativos de transporte privado, comida e similares.
Tendo em mãos o valor que precisa ter em conta para pagar o seu aluguel, as contas de água, luz, internet, telefone e as parcelas do cartão de crédito, você conseguirá se planejar bem.
Outras dicas incluem:
Controle seus impulsos
Você sabia que, quando estamos nervosos, deprimidos ou com ansiedade, temos alguns impulsos específicos? Comprar coisas sem pensar sobre isso é um desses impulsos.
O ato de fazer compras nos dá prazer; é como se o nosso cérebro recebesse uma recompensa. Assim, quando algo não vai bem, é natural que procuremos ficar melhores.
Isso não é bom, no entanto, visto que compras não-planejadas podem fazer com que seja impossível manter o orçamento em dia. Com mais contas a pagar, a tendência é que as dívidas apareçam.
Quando sentir desejo de comprar coisas das quais não precisa, corrija-se: pense as razões pelas quais está fazendo aquilo, o que pode ser feito para tirar o seu foco, etc. E resista.
Fortaleça a sua mente
Complementando a dica anterior: se você tem comportamentos que podem indicar compulsão, está frequentemente deprimido ou tem sintomas físicos de ansiedade, precisa buscar ajuda especializada.
Contar com um especialista é o primeiro passo para romper com hábitos que podem fazer com que você se comprometa financeiramente (e não só). Com a repetição diária desses padrões, a tendência não é melhor: o que nos espera é uma bola de neve.
Além de buscar aconselhamento, tente praticar atividades físicas que lidam com o estresse, como o yoga, e conhecer o mindfulness.
Saiba investir
Se você quer que o seu dinheiro renda, por exemplo, aplicá-lo na poupança pode não ser a melhor opção, já que esse tipo de investimento demora para dar algum retorno (e nem sempre o faz).
Escolher bem os seus produtos faz a diferença. Se você quer investir com consciência, para atingir resultados, deve saber duas coisas: a) aonde quer chegar, e b) em quanto tempo.
Se você não tem certeza, converse com um especialista em investimentos e finanças. Após conhecê-lo melhor e entender o seu perfil, ele poderá ajudá-lo na escolha dos melhores ativos para a sua carteira.
Estabeleça metas concretas
Você quer comprar um carro novo ou fazer uma viagem para o exterior no ano que vem? De quanto dinheiro precisa para conquistar os seus objetivos? Quanto dinheiro deve ter guardado, para o caso de despesas não esperadas ou problemas do gênero?
Depois de escolher um objetivo, programe-se com consciência. Saber de quanto você precisa para fazer algo que é uma meta de vida (ou uma meta do seu momento) é o primeiro passo para “apertar os cintos” e utilizar o seu dinheiro com mais responsabilidade.