Os maus hábitos financeiros que adotamos no dia a dia, muitas vezes sem perceber, são fatores que interferem negativamente no equilíbrio do nosso orçamento e estão diretamente ligados a uma saúde financeira ruim.
E é através da mudança desses hábitos que prejudicam as nossas finanças – desde gastar de acordo com o que se pode pagar a parar de negligenciar o futuro investindo em uma aposentadoria privada – que você conseguirá atingir os seus objetivos e ter uma vida mais tranquila.
Quer saber se você possui alguns desses hábitos? Continue a leitura para identificá-los e, além disso, entenda o conceito de saúde financeira e porquê os maus hábitos podem torná-la ruim. Aproveite!
Aqui achei que cabia essa chamadinha, qualquer coisa me avise que eu a retiro.
Entenda o que é saúde financeira e qual a sua importância
Ao contrário do que muitos pensam, saúde financeira não significa possuir muito dinheiro ou bens, mas sim manter o equilíbrio entre despesas e receitas de uma forma que o indivíduo seja capaz de evitar problemas relacionados ao dinheiro, tendo ele como um facilitador e não o contrário.
Estabilidade é a característica principal de quem está financeiramente saudável.
E mesmo que o orçamento seja curto, planejamento e gestão do dinheiro são feitos de forma a permitir que pequenos prazeres sejam possíveis em meio às responsabilidades das despesas essenciais e contas fixas, possibilitando também que metas específicas possam ser alcançadas e que uma vida mais equilibrada seja possível.
Apesar de ser uma condição não relacionada diretamente com o corpo, dependendo do seu estado, a saúde financeira pode ter sim implicações sobre a saúde física.
Já que, problemas com dinheiro acabam trazendo junto preocupações, ansiedades e baixo-autoestima, e isso tem o potencial de comprometer o nosso bem-estar de várias formas.
Por isso é tão importante que a nossa saúde financeira seja levada a sério, e são os hábitos que possuímos, bons e ruins, que serão decisivos na maneira como o dinheiro irá influenciar nossa vida.
O poder dos maus hábitos
Muitos dos problemas financeiros enfrentados pelas pessoas são, na maioria das vezes, consequência de vários comportamentos maléficos que impedem o controle do dinheiro e muitas vezes resultam em dívidas intermináveis.
Esses comportamentos são definidos como hábitos e, uma vez que eles surgem, o cérebro para de participar das decisões em torno da rotina a que eles nos submetem.
Quando instalados, se tornam um padrão automático e, sendo hábitos ruins, precisam de muita disciplina e empenho para serem modificados e eliminados.
Para mudar a relação que temos com o dinheiro, precisamos identificar os nossos hábitos e definir aqueles que são prejudiciais ao nosso orçamento e então decidir mudá-los. Confira abaixo uma lista com cinco hábitos que você deve eliminar da sua vida.
5 hábitos de quem tem uma saúde financeira ruim
Logo abaixo, listamos 5 hábitos comuns entre as pessoas que costumam ter uma relação conturbada com o dinheiro.
Fique atento e veja se algumas dessas atitudes estão prejudicando o seu orçamento e sabotando suas finanças a curto e longo prazo.
1. Gastar mais do que se ganha
Gastar além dos limites sem considerar os problemas financeiros que isso pode causar é um dos hábitos mais comuns entre pessoas que vivem tendo problemas com o dinheiro.
Cartão de crédito, carnês de crediário e boletos são as formas de pagamento que mais contribuem para que isso aconteça, pois como o dinheiro não é visto imediatamente saindo da conta, ou da carteira, existe uma falsa sensação de estar gastando pouco.
Também há a crença de que haverá tempo suficiente para arcar com a conta quando ela finalmente chegar, o que na maioria das vezes não procede, pois os ganhos são fixos e não há oportunidade de aumentá-los.
2. Comprar sem pesquisar preços
Cada vez mais as pessoas estão com menos tempo, isso é um fato. Por isso, se dedicar a uma pesquisa mais extensa na hora de fazer compras parece um sacrifício para algumas pessoas e, para outras, a impulsividade de efetuar a compra no primeiro site ou loja fala mais alto.
Quando uma pessoa não prioriza a pesquisa de preço, acaba abrindo mão de possíveis melhores ofertas e descontos, ou até mesmo de promoções que reduzem consideravelmente o valor de um produto ou serviço.
Esse péssimo hábito reflete em uma menor economia de dinheiro, que poderia sobrar para outras atividades ou para uma reserva.
3. Deixar o planejamento financeiro de lado
Quando falamos em planejamento financeiro, muitas pessoas acreditam que isso só aplica a gestão de empresas, ledo engano.
Esse documento, no qual constam os parâmetros a serem seguidos no campo monetário, é de extrema importância para gestão financeira pessoal e deve ser utilizado por todos, independente da renda obtida no mês.
Saber somente o quanto se ganha por mês não é o suficiente quando o assunto é ter uma organização para manter sua saúde financeira saudável.
Quando não se tem definida as despesas fixas, gastos variáveis, datas de recebimento e pagamento de contas, fica difícil fazer ajustes de controle.
Deixando o planejamento de lado, o controle das contas é facilmente negligenciado e gastos desnecessários e excessivos acabam comprometendo o orçamento.
4. Desperdiçar
Em um mundo onde pessoas enfrentam dificuldades como a fome, o ato de desperdiçar por si só é errado em vários níveis, independente de se ter muito ou pouco dinheiro.
No entanto, quando o orçamento é regrado, o desperdício se torna um vilão que precisamos combater ainda mais.
Atitudes como comer fora quando há comida em casa que estrague rapidamente; não prestar a devida atenção ao armazenamento eficiente de produtos para que durem mais; desperdiçar água lavando a calçada quando é preciso economizar nessa conta; pagar por uma TV a cabo com 100 canais quando só se assiste 2 e por aí vai.
Uma série de outros gastos podem ser considerados desperdício variando de pessoa para pessoa e só contribuem negativamente quando o assunto é saúde financeira.
5. Não pensar no futuro
Grande parte dos brasileiros tem como lema o “só se vive uma vez” e tomam suas decisões pensando somente no agora, se esquecendo de planejar o futuro como se ele nunca fosse chegar, e esse imediatismo é muito ruim para a saúde financeira a longo prazo.
Sem poupar, investir ou pensar na aposentadoria, aqueles problemas que a escassez de dinheiro nos traz hoje, podem se tornar muito maiores em uma fase da vida que não iremos dispor dos benefícios da juventude para correr atrás da resolução desses problemas.
Ignorar o fato de que envelheceremos, não impedirá que isso aconteça. Negligenciar o futuro financeiro na fase da aposentadoria é um hábito que, quando mostra suas consequências, acaba sendo tarde demais.