Dia a mais, dia a menos o governador Jackson Barreto e os peemedebistas de Sergipe vão ser surpreendidos com a filiação do deputado federal André Moura, PSC, ao PMDB.
A tomada de decisão no âmbito nacional – nas Presidências da República, via Michel Temer, e do partido, via Romero Jucá – em favor da filiação de André já foi sacramentada.
E André Moura não virá como um aliado de Jackson Barreto. Virá para comandar o partido. Aliás, o deputado sergipano que exerce o papel de líder do Governo Temer no Congresso Nacional tem recebido pressão para liquidar logo essa fatura.
O que se diz nas bases de Moura é que ele “não está com essa pressa toda”. Já teria incorporado a ideia de virar um peemedebista, mas está mantendo-a em banho-maria. Esperando a hora certa para atracar na sigla.
Mas o problema não parece ser tão simples assim. O PMDB de Sergipe não é um cachorro de fateira. Um treco seco abandonado na beira da estrada. Está vivíssimo e não é temista – daí esta quase (ou seria plena?) intervenção.
Estão no PMDB daqui o governador e o vice-governador do Estado, Jackson Barreto e Belivaldo Chagas. E veja a gravidade: ambos com projetos eleitorais macros, majoritários, para o ano que vem.
O governador quer virar senador e o vice, subir pro andar de cima, convertendo-se em governador. De modo que o planejamento de Temer e de Jucá parece coisa de quem não gosta de André Moura.
Vão jogá-lo num partido que, certamente, em sua alta esfera, não o quererá por perto. Parece muita sarna para um ano eleitoral, que por si só já coça muito.
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