A solicitação da vereadora kitty Lima (REDE) foi atendida pelo plenário da Câmara Municipal de Aracaju, na manhã desta quinta-feira, 15. A parlamentar, apresentou uma moção de pesar, pediu que a sessão de hoje fosse nomeada como Marielle Franco e ainda que fosse feito um minuto de silêncio em homenagem a vereadora da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, morta a tiros ontem, 14, à noite, no centro da capital fluminense.
Marielle denunciou como truculenta a ação dos policiais militares do 41º Batalhão da PM na comunidade Acari, no Rio. Um dia antes de morrer, a vereadora escreveu no Twitter mensagem com crítica à violência. “Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”.
Negra, nascida, criada e ainda moradora da Maré, mãe aos 19 anos, Marielle Franco (PSOL) foi uma candidata de carga simbólica forte demais em sua primeira campanha, ao levantar as bandeiras do feminismo e da defesa da população das favelas. Longe de estar entre as mais cotadas em agosto, sua candidatura virou uma bola de neve nas últimas semanas, e ela atraiu 46 mil eleitores no domingo, tornando-se a quinta mais votada em toda a cidade.
Marielle era socióloga formada pela PUC, onde ingressou com bolsa integral, e fez mestrado em Administração Pública na UFF.
Na próxima terça-feira, 20, o Movimento Popular Socialista de Sergipe promove um ato de repúdio contra a morte da parlamentar. A mobilização acontece às 17h em frente ao mirante do Calçadão do bairro Treze de Julho, em Aracaju.
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