O poker é uma verdadeira febre em todo o Brasil, com mais de 8 milhões de praticantes nas mesas ao vivo e digitais. Falando em online, o país é o recordista em número de jogadores no top 100 do ranking do Pocket Fives, site que classifica os competidores do mundo virtual: são 23 brazucas entre os 100 melhores do planeta.
Todos os estados contam com jogadores que se destacam no cenário mundial, e o com o Sergipe não é diferente. Embora não tenha nenhum praticante no top 100 mundial ou brasileiro, alguns sergipanos já superaram a barreira de sete dígitos, ou seja, mais de R$ 1 milhão em premiações nos chamados “cash games” (jogos valendo dinheiro).
Atualmente, o jogador do Sergipe mais bem colocado no ranking da Pocket Fives é Flávio Lima Nascimento, de Aracaju, conhecido na rede como “FlávioLN” ou “searmaperde”, com 2.748 pontos (para usar como parâmetro, o líder brasileiro, o capixaba Brunno Botteon, tem 8.076 pontos no ranking).
Em um primeiro momento, pode parecer uma pontuação pequena e um desempenho pouco relevante, já que Flávio é apenas o número 164 do Brasil e 589 do mundo. Porém, quando olhamos a premiação total do jogador, essa dúvida desaparece: ele já faturou cerca de US$ 428 mil em premiações (mais de R$ 2,3 milhões). Só nos últimos cinco dias, Flávio recebeu mais de R$ 10 mil. Seu recorde único é de US$ 18 mil (pouco mais de R$ 100 mil), no torneio Scoop de 2019.
O segundo da lista também é da capital sergipana: trata-se de Matheus Milício Souza Costa, o “teteu_games”, com 2.658 pontos. Apesar de estar abaixo de Flávio no ranking, Matheus tem uma premiação de carreira ainda maior: ele já levou pra casa US$ 558 mil (pouco mais de R$ 3 milhões), e também já ultrapassou a barreira dos R$ 10 mil nos últimos cinco dias, faturando alto mesmo durante a quarentena.
O recordista em faturamento
Porém, em termos de premiação de carreira, nenhum outro sergipano supera José Queiroz da Costa Neto, o “neto gol”. O terceiro melhor jogador do estado no mundo online na atualidade, com 2.181 pontos, já faturou nada menos que US$ 2,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões), o que é uma das maiores premiações entre os brasileiros no esporte.
Além do online, José Queiroz é destaque em torneios ao vivo, tendo, inclusive, vencido um dos eventos da última edição do Brazilian Series of Poker (BSOP), em novembro do ano passado, em São Paulo. Além disso, obteve resultados importantes no Kings Series of Poker (KSOP). Sua premiação em torneios presenciais supera a marca de R$ 100 mil.
Seguindo o ranking da Pocket Fives aparece Jhon Sobral, o “simababe25”, com 2.061 pontos e uma premiação de carreira de US$ 55 mil (mais de R$ 300 mil), com mais de 1000 partidas disputadas no sistema “cash games”.
Conhecido pelo nickname “Little Johnny” em sites como partypoker, João Candido Ferreira é outro que já ultrapassou a marca milionária em faturamento. Seu ganho total em torneios é estimado em US$ 223 mil, ou seja, mais de R$ 1,2 milhão. Ele é o quinto colocado no ranking sergipano, com 1.758 pontos.
Completam o top 10 do ranking os seguintes jogadores: Cayo Chagas, com 1.240 pontos e uma premiação total de US$ 168 mil (cerca de R$ 937 mil); Leo Guerra, com 1.121 pontos e uma premiação de US$ 126 mil (cerca de R$ 702 mil); “Demitri1985”, com 703 pontos e US$ 246 mil (R$ 1,3 milhão) em prêmios; Victor Yoshi, com 638 pontos e US$ 17 mil (pouco mais de R$ 94 mil) e Tiago Guimarães, com 228 pontos e uma premiação de US$ 4 mil (cerca de R$ 22 mil).
Sergipe em alta
Sergipe Poker Fest é um dos mais organizados no Brasil
Não é de hoje que o Sergipe se destaca no cenário do poker nacional, e isso muito se deve a uma organização bastante competente do circuito estadual com o Sergipe Poker Fest, principal torneio do estado. A terceira edição do torneio, realizada em julho do ano passado, teve uma premiação garantida de R$ 300 mil.
O estado também é um dos participantes do Campeonato Brasileiro por Equipes (CBPE), organizado anualmente pela Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH). Na última edição, a equipe sergipana fez bonito e ficou na quinta colocação entre 15 concorrentes, perdendo apenas para Goiás, Rio Grande Do Sul, São Paulo e Paraná, que são potências do esporte.
A expectativa é que o estado, que é o menor do Brasil em termos de tamanho geográfico, continue em uma curva ascendente do esporte da mente que está entre os mais populares do mundo. Sergipe nunca foi campeão do CBPE, mas o quinto lugar no último torneio mostra que a evolução é evidente.
Enquanto isso, os jogadores do estado seguem faturando alto nos torneios e partidas online e melhorando sua classificação cada vez mais no ranking nacional