A Polícia Científica do Paraná disse que o laudo sobre o atentado contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará pronto essa semana. Foram disparados dois tiros contra um dos ônibus que transportava simpatizantes do petista entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná.
O fato ocorrido na última terça-feira (27) repercutiu no meio político e policial, mas também gerou alguns questionamentos, como o que fez o consultor político Eduardo Negrão, autor do livro ‘Terrorismo Global’ (Scortecci Editorial). “Como que nenhum dos agentes das três viaturas da Polícia Rodoviária Federal não percebeu algum tipo de clarão ou ruído dos tiros disparados contra o ônibus?”, questionou o consultor.
Ele também chama a atenção para o fato do lugar ser caminho de contrabandistas, traficantes e pessoas envolvidas com grupos terroristas, o que torna o trajeto muito perigoso e por isso nenhum morador da região se arriscaria se estivesse portando um “singelo” revólver 22, como aconteceu. “Só se fosse um turista, porque um morador sabe dos riscos que corre ao se aventurar por ali”, explicou Eduardo Negrão.
Segundo o consultor político, Lula conseguiu ser beneficiado com o atentado contra sua caravana porque foi destaque nas manchetes dos jornais como vítima e sem ser acompanhado da palavra corrupção, como acontece quando o petista aparece na mídia em função dos últimos acontecimentos.
Lula e o “Fator Bolsonaro”
Eduardo Negrão também lembrou o dia em que Lula e o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) estiveram em Curitiba, no Paraná. Para o consultor, o petista enfrentou uma pressão muito diferente daquelas populares, agora pelo seu maior adversário. “Na ocasião Lula não foi pressionado por populares descontentes, mas pelo líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro”, disse Negrão.
O escritor e consultor político que trabalhou em importantes campanhas eleitorais em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, chamou a atenção para o que ele entende como “Fator Bolsonaro” que ganha força a cada dia. “O pré-candidato Jair Bolsonaro acaba indiretamente obrigando a grande imprensa a fazer malabarismos para escondê-lo da mídia, mesmo estando em situação positiva nas pesquisas, apesar de ser filiado a um parido ainda pequeno, no caso o PSL”, concluiu o consultor político Eduardo Negrão