Na manhã desta quarta-feira (22) a Polícia Civil apresentou detalhes sobre a ‘Operação Babel’, que investiga possíveis irregularidades nos contratos referentes a coleta de lixo na capital sergipana.
O Deotap (Departamento de Repressão Contra a Ordem Tributária e Administração Pública) cumpriu no dia de ontem, 13 mandados de busca e apreensão na Emsurb e na empresa Torre Empreendimentos, onde foram recolhidos documentos, computadores e celulares que já estão sendo analisados pela polícia.
O delegado Gabriel Nogueira Júnior é o responsável pelo caso e explicou como as investigações foram iniciadas. “Em setembro do ano passado foi instaurado um inquérito policial com o objetivo de apurar uma suspeita de fraudes na medição de lixo que estava ocorrendo aqui em Aracaju no período de 2013 e 2016. Esse processo que teve como início uma denúncia da empresa Cavo em face da empresa Torre tinha este objetivo inicial de fazer esta apuração”.
De acordo com o delegado, na sequência a própria Emsurb formulou uma nova notícia crime, dando conta de que haveria uma suspeita de superfaturamento na origem desse contrato que se deu em 2010. “Ele teve um período de 2010 a 2015 e depois uma prorrogação por mais 12 meses. Apenas no ano passado, em março, com a conclusão do prazo de vigência do contrato foi celebrado um novo contrato emergencial e nesse contrato restou vencedora a empresa Cavo”.
“Nessa oportunidade, foi iniciada uma investigação por provocação da empresa Torre, em face da empresa Cavo, e essa investigação tinha como objetivo verificar se houve algum direcionamento, alguma fraude nessa contratação da empresa Cavo. Esse inquérito foi concluído no ano passado e ao afinal não se concluiu pela existência de qualquer fraude nessa contratação emergencial da empresa. Segundo este processo, já em setembro, instaurou-se um inquérito, como já havíamos comentado, com este foco na apuração das fraudes das medições, e depois a suspeita de superfaturamento desde o início de 2010. Esses anos já, houve uma abertura, uma ampliação, do espectro da investigação para abarcar uma suspeita eu havia de possível direcionamento na contratação emergencial que aconteceu em março deste ano e aí o objetivo da investigação foi verificar se efetivamente tinham procedências essas denúncias”.
Ele explicou que o inquérito passou a ter três eixos investigativos: “uma suporta fraude na medição, um suposto faturamento e um suposto direcionamento ou fraude na contratação emergência. Ainda estamos em fase de inquérito, então, não é possível concluir, nem afirmar neste momento, até por uma cautela, se já há culpados ou envolvidos ou indiciados. A gente ainda está em curso nas investigações e iremos fazer com bastante tranquilidade com o objetivo de concluir a investigação e ao final podermos efetivamente dar esta resposta se houve ou não esses crimes que foram apontados”.
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