Meses após o fechamento do matadouro, chegou a vez do Mercado Público de carnes sofrer o mesmo fim.
O equipamento público que serve de ponto de comércio foi lacrado durante essa semana e não tem previsão para ser reaberto. O fechamento do mercado público de carnes, reacendeu a discussão em relação ao dinheiro arrecadado tanto pelos marchantes, quanto pelos donos de banca de carne.
Para que se tenha uma ideia, por semana em torno de 210 cabeças de gado eram abatidas em Nossa Senhora da Glória, onde era cobrada uma taxa de R$ 60,00 por cabeça, totalizando em torno de R$ 12.600, mais de 50 mil por mês apenas no matadouro, fora as taxas que eram cobradas pelo abatimento dos suínos e caprinos.
Já nas bancas do mercado municipal a taxa de cobrança, gira em torno de R$ 15,00, onde mais de 100 comerciantes de carne, totalizando R$1.500 por semana e R$ 6.000 por mês.
O que mais chama a atenção é a forma como é arrecadada essas taxas, sem nenhuma espécie de transparência, para que a população saiba onde estão sendo destinados esses valores e o porque até agora nada foi feito para que os marchantes voltem a trabalhar em Glória.
Enquanto isso, o consumidor paga caro pela carne que deveria ser abatida no município. Marchantes são obrigados a mandar seus animais para outro município e pagam ainda mais caro com o transporte.
A gestão nada fez, pois, essa era uma “tragédia anunciada fosse impedida e enquanto isso, o consumidor não tem prazo para ter em sua mesa, um produto mais barato.
A resposta precisa ser rápida, pois por trás de um marchante ou comerciante de carne, existem famílias que dependem desse sustento. De acordo com informações, existe por parte da gestão a intenção de deslocar o “mercado da carne” para o Ceasa.
As fiscalizações e FPIs já agem há muito tempo e as perguntas que quase não são respondidas: INCOMPETÊNCIA OU FALTA DE VONTADE?
Maycon Fernandes/jornalista DRT 0002304/SE