Edenize Bastos, mãe biológica da jovem que morreu afogada no Rio Vaza Barris em abril deste ano, está inconformada com o conclusão do inquérito apresentado pela Polícia Civil de Estado de Sergipe nessa segunda-feira, 23. Segundo ela, existem divergências no inquérito e há muitas informações que precisam ser esclarecidas.
O delegado Kassío Viana, responsável pela investigação informou, que o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE-SE) para que órgão decida quais serão as medidas adotadas a partir da conclusão.
A mãe da jovem informou que vai cobrar do MPE-SE uma resposta. “Não aceito que a morte da minha filha fique sem explicação. As versões apresentadas até agora não me convenceram. Os jovens que estavam com ela no dia do acidente nunca me procuraram para dar alguma explicação. Se realmente foi um acidente, porque eles não falam claramente sobre o fato?”, questionou.
A divergência no horário da morte da jovem é o principal motivo da desconfiança da mãe. “O laudo apresenta claramente que a minha filha morreu às 14h30 do dia 28 de abril, mas quem estava com ela disse que ela só caiu no rio no final da tarde, quando eles retornavam do passeio”, explicou.
Ainda segundo a mãe a demora dos jovens para avisar sobre o que tinha acontecido é inaceitável. “Mesmo que minha filha tivesse desaparecido no final da tarde. Nós só ficamos sabendo do que tinha acontecido porque a mãe de criação dela ligou insistentemente para o celular dela até que alguém atendeu e informou do sumiço da minha filha no rio. Não entendo o motivo de tanta demora”, informou.
De acordo com delegado, Kassio Viana, os depoimentos não apresentam divergências e o laudo cadavérico apresentado pelo Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a jovem morreu por afogamento, sem nenhuma marca de violência, segundo ele, as informações suficientes para concluir o inquérito. “De acordo com os depoimentos, a jovem que morreu, disse que iria descer do barco para urinar, enquanto a embarcação estava à deriva por conta da falta de combustível, e mesmo alertada por todos do barco para que não fizesse ela fez e acabou sendo arrastada pela correnteza. O piloto do barco informou que pulou no rio para tentar socorrê-la, mas não conseguiu”, explicou.
Para o delgado, não há como sustentar a versão de que a jovem teria sido empurrada por alguém. “Não tem nenhum, nem alguma informação complementar que leve para esse caminho. Eu entendo o desespero da família em querer responsabilizar um culpado, mas não tem no autos nenhum elemento que possa indicar que ela tenha sido morta por qualquer outra razão que não afogamento após uma queda na água provocada por ela mesma”, afirmou.
O piloto
O piloto da embarcação onde a jovem estava, foi notificado por várias irregularidade e poderá responder civilmente. As infrações apresentadas pelo delegado foram, falta de combustível, número de coletes menor que a quantidade de ocupantes e não estar em posse da habilitação no momento da condução da embarcação.
Relembre o caso
A jovem Kathallen Aila de Jesus Santos, de 19 anos de idade morreu depois ter caído de uma embarcação durante um passeio nas águas do Rio Vaza Barris, no bairro Mosqueiro, Zona de Expansão de Aracaju (SE). O desaparecimento da jovem foi registrado no dia 28 de abril, mas o corpo dela só foi encontrado no dia 29.
A jovem era natural de Fátima (BA), mas morava em Aracaju (SE) por conta da graduação em um curso de ensino superior.
Fan F1
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