Os pequenos agricultores de Monte Alegre, terão nesta terça-feira, 07/11, a oportunidade de participar de uma reunião no Auditório Municipal Josafá Fárias, com intuito de tratar das questões ligadas a renegociação de dívidas, financiamento rural, e um dialogo principalmente com os donos das fabriquetas que precisam regularizar a situação para continuar a produção dos derivados do leite.
Origem da Reunião:
Na última quarta-feira 31/10/2017, aconteceu uma reunião em Porto da Folha, onde diversas autoridades e populares prestigiaram a vinda do superintendente do Banco do Nordeste, Antônio César.
Estavam presentes, Miguel de Dr. Marcos (Prefeito de Porto da Folha), Chico dos Correios(prefeito de N. Sra. da Glória), Junior Chagas (Prefeito de Poço Redondo), Henrique de João Gogó (Vereador de Monte Alegre), o ex-prefeito de Campo do Brito, Teixeira proprietário da Rio Fm, sua Esposa Cris e alguns secretários municipais de Porto da Folha.
O Superintendente trouxe diversas informações como as renegociações das dívidas que chegam a terem descontos de até 95%, benefício que está disponível até 31/12/2017. Outra informação importante e que o banco disponibiliza mais de R$ 30 milhões, para investir nas empresas de pequeno e grande porte do sertão e também outro montante na agricultura com juros baixos.
Participação de Monte Alegre:
Infelizmente apenas o Vereador Henrique estava representando o município, na ocasião cobrou investimentos e ainda solicitou ao Superintendente uma ação itinerante do Banco do Nordeste no município de Monte Alegre, pois o índice de de endividamento está muito alto e diversos produtores estão prejudicados, principalmente pelo forte momento de estiagem que os municípios do sertão vem passando nos últimos anos.
Através da indagação do Vereador, o Superintendente garantiu que a cada quinze dias uma equipe do banco estará no município, para trazer investimentos na agricultura, fortalecer o comércio local e incentivar os proprietários de pequenas fabriquetas de queijo.
Reações sobre a renegociação de dívidas País a fora:
Em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende que a possibilidade de renegociação seja estendida a toda área de abrangência da Sudene, independente da decretação de estado de emergência ou calamidade pública.
“A seca que atingiu estas regiões, considerada uma das piores nos últimos 100 anos, prejudicou a produção agropecuária e causou prejuízos sociais e econômicos incalculáveis. A CNA defende que a renegociação também inclua contratos feitos antes de 2012 e a retirada do dispositivo que proíbe a contratação de novas operações de investimento”, diz a Confederação.
Também em nota, o Banco do Nordeste ressaltou a importância da medida, uma vez que mais de 95% dos beneficiados com a resolução são agricultores familiares, mini ou pequenos produtores. Além disso, a entidade diz que mais de mil municípios decretaram estado de calamidade e emergência por conta de estiagem.
“A medida do CMN permitirá que os produtores regularizem seus financiamentos com os bancos e possam voltar a produzir, obter novos créditos e, principalmente, voltar a ter uma melhor condição de vida para si e suas famílias”, diz o diretor Financeiro e de Crédito do Banco do Nordeste, Romildo Carneiro Rolim, na nota.
Outros benefícios:
A iniciativa é complementar à Lei 13.340, regulamentada no final do ano passado para permitir, com descontos, a quitação ou renegociação de dívidas rurais contraídas até dezembro de 2011, nas regiões Norte e Nordeste.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, em toda a área de atuação da Sudene, mais de 70,4 mil produtores rurais já recorreram aos benefícios garantidos pela Lei 13.340, que oferece condições facilitadas para que produtores possam liquidar ou renegociar suas dívidas rurais.
Izaque Vieira / Redação Portal Sou de Sergipe