Os números comprovam: os brasileiros são vaidosos. Atualmente, o Brasil é o segundo no ranking mundial de cirurgias plásticas. Só em 2016, cerca de 839.288 mil pessoas realizaram algum tipo de procedimento estético no país. Entre as cirurgias mais realizadas, o aumento de mama (silicone) aparece em primeiro lugar segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Procedimentos como lipoaspiração, abdominoplastia, mastopexia (para levantar os seios) e redução de mamas seguem a lista.
Seja para manter a boa forma ou elevar a autoestima, é fato que as pessoas estão fazendo cada vez mais procedimentos estéticos no Brasil. A tendência das cirurgias plásticas são comuns entre os famosos como Anitta e Madonna, mas também atingem anônimos que as buscam para diversas finalidades, como melhorar a aparência física harmonizando o rosto, afinando o maxilar, nariz, ou mesmo o quadril, e até engrossar as pernas. E justamente por não englobar as cirurgias obrigatórias é que esses procedimentos estéticos sempre dependem da vontade dos pacientes.
Fazer ou não fazer uma cirurgia plástica?
A saúde é a primeira prioridade a ser definida durante a escolha, afinal, caso ela esteja debilitada, esse é um indicativo de que não se trata do melhor momento para uma cirurgia. Isso engloba também a saúde psicológica e emocional. Afinal, problemas psicológicos como a dismorfofobia – que faz com que a pessoa se veja distorcida no espelho – podem afetar a relação do indivíduo com o corpo, causando uma insatisfação que não será resolvida com uma cirurgia plástica.
Idosos e jovens também devem avaliar a necessidade do procedimento, já que, na juventude, o corpo ainda está passando por transformações, e na terceira idade a recuperação pode ser ainda mais lenta.
O que você precisa saber antes de fazer uma cirurgia plástica
Antes de realizar algum procedimento, é importante estar ciente de informações essenciais para o sucesso da cirurgia plástica. Alguns pontos devem ser levados em consideração antes de qualquer procedimento para que ela seja 100% seguro. Desde a escolha do médico, até o local em que a cirurgia será realizada, todas as etapas demandam atenção especial. Afinal, apesar da popularidade, a cirurgia plástica não deixa de ser um procedimento médico – por isso, a falsa ideia de “simplicidade” sobre a operação deve ser deixada de lado.
Escolhendo o profissional
A segurança do paciente deve estar sempre em primeiro lugar, e ela começa já na primeira avaliação médica. Somente após a alta no consultório é que essa preocupação termina, por isso, a importância de escolher um bom profissional, com referências que deixem o paciente seguro. Para realizar cirurgias plásticas, o profissional deve ser habilitado e possuir credenciais que o tornem apto para uma execução segura dos procedimentos. Uma garantia é buscar médicos com título de especialista reconhecido pela Sociedade de Especialidade ou pelo Ministério da Educação (MEC), por exemplo, o que garante a formação específica na área.
Decidindo o local do procedimento
Além da escolha do médico, a definição do local também é imprescindível, com foco em um ambiente seguro. Há inclusive uma legislação específica que determina os limites para procedimentos em diferentes ambientes com segurança, como clínicas e hospitais gerais. Para definir o melhor local para a realização da cirurgia plástica, detalhes como o tipo de procedimento, seus riscos, duração, anestesia e necessidade de pernoite deverão ser analisados cuidadosamente.
O lugar mais seguro para a execução de qualquer procedimento clínico é o ambiente hospitalar. Locais como residências, apartamentos ou clínicas de estética devem ser descartados, pois não possuem a estrutura necessária para a realização de procedimentos médicos.
Cuidados com o pós-cirurgia
O pré e o pós-operatório são etapas essenciais para o sucesso de qualquer cirurgia, seja ela de estética ou não. Para um cuidado de alta qualidade, a equipe médica e multiprofissional deve garantir que o paciente tenha orientações claras e precisas, tanto pré, quanto pós-operatórias. Essas garantias fazem parte de uma avaliação clínica adequada e garantem um procedimento cirúrgico de alta segurança. No pós operatório, entre outras coisas, é preciso monitorar o paciente para controlar a dor e prevenir possíveis complicações como tromboembolismo venoso.
Com cuidados nos curativos, orientações de medicação e agendamento de retornos em consultório, o profissional cirurgião e sua equipe deverão prestar toda assistência ao paciente, além de avaliações precisas com o resultado imediato. Essa etapa envolve também os retornos pós-operatórios, indispensáveis para que o processo de cicatrização evolua adequadamente e para que o paciente obtenha o melhor resultado do procedimento estético.
Dependendo da complexidade, alguns procedimentos estéticos podem demandar anestesia geral ou local. Todos esses detalhes, bem como os cuidados pós-operatórios, serão debatidos com a equipe durante a fase de avaliação e pré-operatório. O mesmo vale para o tempo de internação hospitalar, que varia de acordo com a área tratada e complexidade do procedimento. Geralmente, em três dias o paciente já recebe alta hospitalar, mas a recuperação deve continuar sendo realizada em casa – isso pode demorar entre alguns dias a alguns meses. Depois dessa última etapa, é só aproveitar o novo estilo de vida com o resultado da cirurgia.