O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), gerido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), prestou atendimento a 14 pessoas que foram feridas ou passaram mal durante rebelião de presos, nesta terça-feira, 11, no Complexo Penitenciário Advogado Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria, em Aracaju. Nove vítimas foram atendidas e liberadas para casa e cinco, que precisaram passar por avaliação médica, foram levadas para hospitais públicos e privados.
O Samu chegou ao presídio no início do motim e só se retirou do local quando a rebelião estava contida e não havia mais ameaça nem aos internos nem aos trabalhadores do complexo. Foram mais de 16 horas de atividade de retaguarda. “Fomos acionados às 8h48 da manhã, quando nos informaram que havia pessoas feridas por arma branca no presídio. Ficamos em uma área fria do perímetro de negociação para prestar atendimento a quem precisasse e assim permanecemos durante todo o motim, concluindo nossa participação às 1h15, quando entregamos o último paciente no hospital”, disse a superintendente do Samu, Karina Mendonça.
O Samu estava presente no motim com uma equipe do motolância, que ali permaneceu até às 20 horas, duas equipes de Unidade de Suporte Avançado (USA) e três equipes de Unidade de Suporte Básico (USB), segundo informou a superintendente, acrescentando que foi montada em uma área administrativa do complexo penitenciário uma sala de atendimento. Dos 14 atendimentos, nove foram casos leves, como mal estar geral, tonturas, ansiedade intensa, pressão alta e ferimento superficial por arma branca.
Cinco vítimas tiveram ferimentos mais sérios e foram removidas duas para o Hospital Nestor Piva, uma para o São Lucas, uma para o Renascença e mais uma para o Hospital do Coração (Uma), porque apresentou arritmia importante, talvez pelo estresse da situação, segundo avalia Karina Mendonça.
Na avaliação da superintendente, o motim evidenciou a importância de o Estado de Sergipe ter um organismo como o Samu à disposição da sociedade. “É um serviço de excelência, que conta com profissionais qualificados e preparados para prestar atendimento e estar de em situação como a que vivemos nesta terça-feira”, salientou ela, destacando que em nenhum momento houve desassistência da população enquanto o Samu ficava de retaguarda no complexo penitenciário.
“Colocamos duas USAs e três USBs no complexo em regime de revezamento, de modo que enquanto tinha uma USA e uma USB no presídio, as demais estavam fazendo o atendimento de rotina. Nós temos em Aracaju três USAs e oito USBs. Importante ressaltar que uma das USAs que ali esteve foi composta por uma equipe de gestão, que se deslocou do Centro Administrativo para o presídio”, observou Karina Mendonça, informando que os gestores do Samu são profissionais e técnicos da saúde, que sempre irão para a linha de frente se houver necessidade.