Na manhã desta sexta-feira (1º), a Polícia Civil de Sergipe falou sobre o resultado das investigações que elucidaram o homicídio do farmacêutico John Michel Brito de Almeida, no Alto Sertão de Sergipe. Três suspeitos do crime foram presos em Sergipe e no Paraná
A Polícia disse que a vítima foi sequestrada após sair de um bar, torturada e executada na madrugada do dia 29 de novembro do ano passado na cidade de Poço Redondo e o corpo foi jogado em um lixão do município de Monte Alegre.
Após a coleta de informações na região, foram pleiteadas algumas medidas cautelares que foram deferidas pelo Ministério Público Judiciário e pelo Poder Judiciário, facilitando as investigações.
“A partir daí deu para provar que aqueles indivíduos, que já eram apontados pela população como culpados, de fato estavam no momento e no local em que a vítima foi sequestrada e teve o corpo desovado. Existem provas técnicas que indicam isso, provas praticamente irrefutável”, afirma o coordenador operacional da Copci, delegado Fábio Pereira.
O delegado chamou a atenção para um detalhe verificado minutos antes do crime. “O principal suspeito estava no balcão do bar, onde estavam o dono bar, a vítima e o outro, mas em momento algum o autor mantém diálogo com a vítima. Depois que a vítima pediu a conta, aparentemente incomodada, três minutos após o autor saiu também”, observa.
Motivação do crime
A polícia entende que a motivação do crime está relacionada a ciúmes da namorada do principal suspeito. Ela teria conhecido a vítima no mesmo bar, que teria postado fotos deles em redes sociais. Os outros suspeitos, entraram no crime para ajudar, por terem forte ligação com o autor.
Outra versão, que ainda não foi confirmada, é que o suspeito teria procurado a vítima para assinar como farmacêutico, no comércio dele, mas não teria aceitado.
“Eles negam a participação e contam versões que não batem com o inquérito, mas as provas técnicas são o bastante pra provar. Na casa do suspeito, a encontramos diversos medicamentos de uso controlado [ele tem uma farmácia, mas não tinha permissão para efetuar a venda], também estava com munições de calibre 12 e um rifle”, conta o delegado.
Crueldade
A polícia disse que a vítima foi amarrada, teve os olhos vendados e recebeu tiros na face. O lobo de uma das orelhas foi arrancado, mas ainda não se sabe se foi resultado do projétil ou atrocidade os suspeitos.
O suspeito de matar farmacêutico vai responder por homicídio qualificado, roubo, posse ilegal de arma e tráfico de medicamentos.
Desligamento
A polícia disse ainda que após o crime, os suspeitos se afastaram. Um deles foi morar em Aracaju e outro no estado do Paraná. “Isso mostrar que eles fugiram da cena do crime. Eles ainda tentaram dificultar o trabalho da polícia. O principal suspeito, inclusive, já tinha feito estágio nas delegacias de Monte Alegre e Poço Redondo, e conhecendo o modo de trabalho da polícia tentou atrapalhar as investigações”, conta.
Fonte: G1