A Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) e o Departamento do Sistema Prisional (Desipe) atualizaram nesta sexta-feira, 5, os números de prisões em 2017. Fazendo uma comparação com o mesmo período de 2016, de janeiro a dezembro, houve um aumento de 4%.
Em 2016, 3.900 indivíduos foram presos, sendo 2.500 novatos e 1.400 reincidentes. Já em 2017, deram entrada 4.055 pessoas no sistema carcerário sergipano, com uma redução de 1,6% nas entradas primárias, totalizando 2.461, e um crescimento de 13,5% em reincidentes com novos delitos, o equivalente a 1.588 presos.
Tenente-coronel e comandante do Policiamento Militar da Capital, Vivaldy Cabral, comentou sobre as ações da PM que foram fundamentais para que o número de prisões tenha crescido em relação a 2016.
“As prisões são resultados do trabalho que nós fazemos. Infelizmente, a legislação permite que muitos sejam reincidentes. Eles já têm uma facilidade em ter acesso à drogas e armas, isso é combatido a médio e longo prazo. Em curto prazo, ações de abordagens, de fiscalização, de busca de informações da parte tecnológica, que hoje temos à disposição, isso tudo em conjunto nos permitiu reduzir o número de crimes em 2017. Se for comparado com todo Brasil, são bons números, expressivos, mas sabemos que ainda podemos melhorar e estamos trabalhando nesse sentido. Nossa maior exigência às equipes é que abordem, pois é fazendo isso que vamos encontrar e evitar que um crime aconteça”, explicou Vivaldy Cabral.
A delegada geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza, falou sobre o aumento de prisões e crescimento no número de reincidentes. Foram 217 prisões de homicidas só no DHPP, além de 271 através do Cope. Vale ressaltar ainda, as 354 representações como mandados de prisão e busca e apreensão que foram solicitadas ao Judiciário para investigar homicidas.
“É uma matemática simples. Quanto mais polícia tivermos nas ruas, mais abordagens teremos e conseguiremos inibir o crime ainda mais. Essa inibição se dá com a apreensão de armas de fogo, por exemplo. Com isso, temos também um maior número de prisões. Tivemos um aumento significativo, tanto pela Polícia Militar quanto pela Polícia Civil. Somando DHPP, que abrange não só a capital, mas a grande Aracaju, o Cope e o Denarc que, além das prisões, teve mais de duas toneladas de drogas apreendidas. São números expressivos e que trouxeram também a redução do índice de homicídios em 2017. Quanto aos reincidentes, isso demonstra que o país precisa parar e reavaliar o sistema de justiça criminal, o qual nós também fazemos parte, juntamente com o Judiciário, o Ministério Público e o próprio Sistema Prisional. Essa reavaliação precisa ser feita para entender o porquê desse índice alto de reincidência”, finalizou Katarina Feitoza.
ASN