Uma operação da Polícia Federal para desarticular esquema de corrupção relacionado à cobrança judicial de royalties da exploração mineral está sendo realizada desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (16) em 11 estados brasileiros, dentre eles Sergipe, e no Distrito Federal.
No menor estado do país, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Capela, onde, na Prefeitura e na residência do ex-prefeito Manoel Messias Sukita os agentes desenvolvem a investigação.
Ao todo, cerca de 300 policiais estão atuando, cumprindo 4 mandados de prisão preventiva (sem prazo determinado), 12 de prisão temporária (de 5 dias prorrogáveis por mais 5), 29 conduções coercitivas (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento) e sequestro de 3 imóveis e bloqueio judicial de até R$ 70 milhões em contas dos suspeitos.
Intitulada Timóteo, em referência a um dos livros da Bíblia, tendo em vista que um dos alvos das investigações, segundo a PF, é um líder religioso suspeito de emprestar contas bancárias de sua instituição para ajudar a ocultar dinheiro, a ação da PF iniciou de forma simultânea em Sergipe, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins e DF.
A suposta organização criminosa, de acordo com a PF, agia junto a prefeituras para obter parte dos 65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) repassada aos municípios. Em 2015, o CFEM acumulou quase R$ 1,6 bilhão.
Segundo as investigações da Operação Timóteo, um diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) oferecia informações privilegiadas sobre dívidas de royalties a dois escritórios de advocacia e uma empresa de consultoria.
Com informações do Itnet
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