Há sete meses, a dona de casa Josefa Verônica tenta liberar no Instituto Médico Legal de Sergipe (IML), em Aracaju, o corpo do pai que foi encontrado em um matagal, ao lado da casa onde morava no município de Simão Dias (SE), no dia 30 de outubro do ano passado. Como havia desaparecido há cerca de sete dias, o corpo já estava em avançado estado de decomposição.
A única filha de José de Freitas Souza, de 54 anos, conta que depois que o corpo foi recolhido a direção do instituto fez algumas exigências. “O IML não conseguiu encontrar digitais no corpo do meu pai, nem a arcada dentária, que poderiam ajudar na identificação do material genético. Aí pediram pra gente pegar um laudo com o dentista dele, mas o profissional também já morreu, e estamos nesta longa espera, sem saber o que fazer”, conta.
Dias depois do corpo ter sido recolhido, Josefa voltou ao IML e foi submetida a um exame de coleta do material genético, mas até esta segunda-feira (4) não recebeu o resultado.
“Toda vez que a gente vai lá eles pedem calma, que o resultado do exame ainda não foi enviado. Já estou cansada de esperar. A família só quer ter o direito de fazer o sepultamento e acabar com o sofrimento”, desabafa.
A direção do IML informou que agora o responsável pela identificação é o Instituto Forense. A produção entrou em contato com a direção do instituto, mas até agora ninguém retornou às ligações.
Fonte: G1