A mulher de 43 anos que acusa o radialista George Magalhães de estupro e agressão falou pela primeira vez com a imprensa após o ocorrido.
Ela afirmou estar em tratamento psicológico e conversou com a jornalista Priscilla Bittencourt para contar a sua versão do ocorrido.
“Eu denunciei que fui abusada. Eu procurei a Polícia para falar o que tinha acontecido comigo”, contou.
“Toquei a companhia e pedi o lixo. Aí ele abriu a porta e pediu para que eu entrasse. Eu falei que não podia, porque é a norma do prédio. Ele disse que eu podia chegar até a porta, porque ele ‘tava’ mandando. Ele era o dono, o proprietário, e eu podia. Aí foi quando eu cheguei na porta e me abaixei pra pegar o lixo. Foi quando ele encostou a porta. E aí começou a fazer o que ele queria. E eu falava que não, que não, que não… que eu só pensava no meu trabalho. E ele dizia: que nada”, disse.
“Eu sou uma mulher casada, tenho minhas duas filhas. Sempre trabalhei pra criar minhas duas filhas. Jamais ia dar ousadia a ele. Eu estou me achando destruída. Eu não consigo mais tirar foto, eu não consigo mais me olhar no espelho. Eu não consigo”, completou.
O advogado de defesa do radialista, Getúlio Sobral, disse que o inquérito do caso é inconsistente. Ele afirmou que tudo será esclarecido na esfera judicial e que George Magalhães será absolvido.
No dia 13 de setembro George Magalhães foi preso na residência dele, localizada no Bairro Atalaia, na Zona Sul de Aracaju. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE), ele foi preso por coagir testemunhas.
O Boletim de Ocorrência foi registrado no dia 21 de agosto na Delegacia Plantonista da Zona Sul, mas o DAGV só tomou conhecimento no dia 24, quando o documento foi localizado no sistema.
No dia 3 de setembro, a polícia informou em entrevista coletiva que tinha sido aberto um inquérito para investigar o radialista pelos crimes de estupro e agressão a pedido da vítima, uma mulher, de 42 anos, casada.
O caso foi acompanhado pela delegada geral Katarina Feitosa e pelas delegadas do DAGV, Renata Aboim e Mariana Diniz. Na época, a polícia entendeu não haver necessidade de pedir a prisão preventiva.
Fonte: G1