Representantes da Secretaria da Segurança Pública do Estado de Sergipe (SSP/SE) realizaram na manhã desta segunda-feira, 15, coletiva à imprensa para explicar o andamento das investigações sobre a morte do garoto Ruan Henrique Oliveira dos Santos, 8 anos. O caso aconteceu na última semana, no bairro Soledade, na cidade de Aracaju.
Segundo informações do secretário da SSP, João Eloy, a investigação do caso está sendo conduzida pelo delegado André Luiz Gouveia, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Acredito muito no trabalho investigativo que está sendo realizado pela Polícia Civil, portanto acredito que, muito em breve, teremos a elucidação deste crime. Todo esse trabalho tem que ser feito com muito detalhe, sobretudo porque envolve uma criança que veio a óbito e um adolescente que conseguiu fugir. Confio no trabalho do DHHP e no apoio que está sendo dado pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV)”, destacou.
Ruan havia sido sequestrado junto com um adolescente de 13 anos na tarde da quarta-feira, 10, no bairro Soledade, em Aracaju, onde foi encontrado ainda com vida e encaminhado ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), ainda no mesmo dia, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo relatos, as crianças teriam sido levadas por dois homens armados com facão enquanto brincavam próximo ao mangue, mas um dos garotos conseguiu fugir e pedir socorro. A Polícia Militar participou das buscas pela criança e, após a localização do corpo, os militares, junto com moradores, ainda fizeram diligências para tentar encontrar os criminosos, que seguem foragidos.
A delegada-geral, Katarina Feitoza, esclareceu a importância de investigar todas as possibilidades nesse caso. “Nós temos algumas linhas de investigação. Toda investigação é aberta, não podemos fechar em um único ponto. Tudo está sendo verificado, todas as denúncias que estão chegando, estão sendo checadas e nós estamos analisando cada uma dessas informações, porque afinal de contas foi um crime bárbaro que abalou toda a sociedade e, além do mais, ainda houve a questão de ser próximo ao Dia das Crianças e com uma criança sendo vítima do crime. Temos que ter todo cuidado na análise dos fatos.” afirmou.
O comandante-geral da PMSE, coronel Marcony Cabral, explicou a atuação dos policiais durante as buscas. “Esse caso entristeceu a todos por envolver criança. É algo que chama muita atenção e nos preocupa bastante, porque é um grupo vulnerável e que precisa realmente ser dada uma atenção. A comunidade colaborou bastante nas buscas e, seguramente, entre policiais militares, bombeiros e policiais civis nós tivemos cerca de 30 agentes de segurança pública envolvidos nas buscas. Fora o alarme que repassamos para todo o estado, porque havia a possibilidade dela ter sido levada para outro local.”
Para o comandante-geral, esse caso precisa ser investigado com cautela. “Foi uma situação lamentável e nós tivemos presentes o tempo inteiro e agora, pós-fato, é preciso que tenhamos muita tranquilidade para aguardar as investigações, para saber exatamente o que aconteceu. Nós temos vários caminhos de investigações a seguir e uma série de fake news sendo veiculada sobre ser um caso que envolve rituais, mas não há nada disso”, comentou.
As investigações e buscas pelos foragidos continuam sendo feitas. A polícia não descartou nenhuma possibilidade, muitas pessoas já foram ouvidas no local e algumas testemunhas foram ouvidas no início da manhã desta segunda pelo pelo delegado André Gouveia, do DHPP, e que está à frente das investigações.
“Solicitamos que quem observou algo estranho e estiver com medo de nos informar, que denuncie pelo número 181, porque essas denúncias serão checadas. É muito cedo falar de suspeitos nesse momento. Queremos muito prestar contas à sociedade, mas isso seria leviano e precário nesse momento”, completou a delegada Katarina Feitosa.
Com informações da SSP