Para entender o contexto, primeiro precisamos explicar o significado da Síndrome do Membro Fantasma.
A Síndrome do Membro Fantasma é definida por especialistas como a percepção de que ainda existe um membro que foi perdido por amputações acidentais ou intencionais. Ou seja, ela é uma condição neurofisiológica em que a parte amputada desaparece do corpo, mas não do cérebro, causando dores no paciente.
Quanto tempo dura a dor fantasma? O aspecto “fantasma” não é a dor, que é real, mas sim a localização da dor, em um membro que foi amputado. A dor fantasma geralmente começa dentro de dias após a amputação, mas pode levar meses ou anos para aparecer. A dor fantasma pode se manifestar em formigamento, aguda, pungente, latejante, em queimação, intensa, em beliscão ou em aperto.
Em paralelo com a vida real, a “Síndrome do Membro Fantasma” ocorre também na vida da maioria dos políticos, que apesar de sempre declarar que política não é emprego e que é passageira, nunca “largam o osso”.
Quem não se lembra do famoso vídeo do ex-governador Jackson Barreto em que ele pedia que, se algum dia ele fosse candidato, ninguém depositasse um voto nele?
Pois bem, em Poço Redondo, a história não é diferente. O município vive uma crise de liderança em relação à sua maior liderança.
Durante as eleições do ano passado, o então prefeito Junior Chagas se afastou do cargo para concorrer ao pleito e tinha tudo para ser eleito, mas sua candidatura foi impugnada.
O plano B Fábio, filho do Dr. Júnior Chagas, que durante a campanha parecia mais um apoiador do pai, não foi mal votado. Além do poder de articulação, Júnior tinha outro poder que superava a articulação.
A VICE ASSUMIU, MAS NÃO PARECE QUE ASSUMIU.
Após o afastamento de Júnior Chagas, Aline Vasconcelos “assumiu” a cadeira deixada pelo seu companheiro de chapa. Mas de lá para cá, o que se viu foi um festival de decisões determinadas pelo ex-prefeito.
Aliás, o ex-prefeito vive uma verdadeira “Síndrome do Membro Fantasma”, seja durante as reuniões da prefeitura, como também em eventos promovidos pelo município.
O fato tem gerado desconforto no grupo, pois, onde Júnior Chagas chega, é tratado ainda como prefeito.
Ele se senta em locais de honra, discursa como se fosse prefeito e até aparece em eventos oficiais chamando a atenção para si.
Enquanto isso, a prefeita Aline vive como uma mera coadjuvante, que, de acordo com o dicionário, significa:
*que ou o que coadjuva, auxilia ou contribui para um objetivo comum;
*diz-se de um ator ou atriz que desempenha um papel secundário.
Com o papel de coadjuvante nesse enredo, Aline corre sérios riscos de perder a eleição de 2024, ou até mesmo de não disputá-la, pois seu brilho se ofusca sempre com a chegada do “Homem da Síndrome do Membro Fantasma”.
Por Maycon Fernandes/Jornalista DRT 2304/SE
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