As praias lotaram este final de semana por todo o país, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro, as fotos das aglomerações circularam se tornaram manchetes de vários portais de notícias e jornais impressos por todo o Brasil. Os vídeos e fotos também circularam pelas redes sociais e este foi um dos assuntos mais comentados no ambiente virtual.
Várias críticas surgiram e ficou no ar a pergunta, cadê a OMS? Cadê os defensores da ciência que até pouco tempo atrás tentou enclausurar toda a população em uma prisão domiciliar? Cadê a turma do fique em casa?
As praias foram tomadas pela população porque houve a liberação, não foi uma “revolução popular” ou algum tipo de protesto do tipo “a praia é nossa”.
Interessante é a maneira como os governadores e prefeitos estão agindo no Brasil durante a pandemia, os mesmos agem como “pequenos reis absolutistas” fazem tudo em acordo com a sua própria vontade porque os critérios são no mínimo estranhos. A praia está liberada, será que eles pensaram que as pessoas iriam levar álcool em gel, distanciamento e tomar banho de mar usando máscaras? Ou até mesmo iriam fazer uma fila para entrar no mar e evitar aglomerações? Claro que não, seria muito ingênuo para acreditar nisso, mas há um duplo padrão em tudo isso. Enquanto milhares se aglomeravam nas praias com o aval e consentimento dos governantes outros setores da sociedade vivem um verdadeiro martírio para conseguir sobreviver sofrendo com restrições severas para funcionar e muitas vezes funcionar parcialmente.
Igrejas é um exemplo, na maior parte do país está permitido os cultos/missas porém com 30% da capacidade do prédio e ainda sendo exigidos uso das máscaras, álcool em gel, medidor de temperatura e outras exigências. O comércio da mesma forma, com exigências rígidas inclusive limitando a quantidade de clientes atendidos.
As escolas é outro setor prejudicado estão fechadas com aulas remotas precárias, precárias por diversas razões que passa pela falta de recursos, assistência da família e adaptação do aluno. Fechadas em quase todo o país, as escolas privadas muitas já faliram e as públicas seguem “empurrando com a barriga”, inclusive no Rio de Janeiro as escolas voltaram a funcionar e foram suspensas as aulas novamente por decisão judicial depois da pressão da turma do fique em casa.
Vejamos as contradições, as atividades produtivas do comércio fechadas parcialmente, as igrejas que são comunidades terapêuticas tão importantes neste período parcialmente fechadas, as escolas nem precisamos enumerar a importância totalmente fechadas, mas as praias estão abertas.
Será que os banhistas cumpriram as regras sanitárias exigidas no comércio e nas igrejas?Álcool em gel, distanciamento, máscaras e etc.? É muita hipocrisia. E enquanto isso a quarentena sendo prorrogada a final de contas o estado de calamidade traz consigo a prerrogativa legal das compras e contratações sem licitação que é uma porta aberta para os desvios. Se depender dos nossos governantes a quarentena será prorrogada até o ano 3000. A quarentena dá lucro e está favorecendo o bolso de muitos país a fora tanto os “pequenos reis” como seus amigos, a operação covidão da PF que o diga.
Reinaldo Valverde Pereira
Licenciado em História
Bacharel em Teologia
Professor da Rede Estadual de Sergipe