Em situações normais, fazer o orçamento familiar já é um desafio. Em tempos como os que vivemos, com o impacto econômico e social de uma pandemia, é preciso ir ter o triplo de cautela na hora de planejar os gastos.
Como fazer um orçamento familiar que leve em consideração as necessidades básicas das pessoas que moram em uma casa, mas que não ignore a possibilidade de gastos emergências?
Em que setores devemos controlar os nossos gastos e em quais devemos apostar? Que medidas devem ser tomada para facilitar a organização da vida durante o período da quarentena, que pode se estender por vários meses?
Neste artigo, daremos dicas para quem está em busca de organizar o seu trimestre e não sabe por onde começar. Confira!
Como fazer um orçamento familiar: o que deve ser levado em consideração?
Na hora de organizar o seu orçamento, você precisa listar os gastos básicos, que são: aluguel, água, luz, alimentação e, muito possivelmente, internet – afinal, muitas pessoas trabalham de casa ou utilizam a rede para estudar e passar o tempo (primordial nesse momento).
Por conta da situação atípica que estamos vivendo, diversas pessoas têm entrado em contato com as suas imobiliárias para negociar o pagamento de um aluguel menor. Há quem tenha conseguido descontos de até 50% – o que, sem dúvida, faz uma enorme diferença.
Então, a primeira dica é essa: converse com a imobiliária responsável pela sua casa, caso você more em um imóvel alugado, explique que seria bom que o aluguel fosse reduzido temporariamente, apenas por conta da circunstância em curso, e apresente argumentos para tal.
Quais são eles? Depende da sua profissão, para começar. Se você é autônomo, é bem possível que o seu pagamento esteja mais enxuto. Se dá aula particular, possivelmente perdeu alguns alunos. Leve a sua realidade em consideração de hora de negociar uma diminuição do seu aluguel.
O dinheiro que será economizado deve ser utilizado para pagar contas básicas ou guardado: não é hora de fazer gastos impensados, nem de investir em produtos caros, que não são de primeira necessidade.
Anote todas as suas transações financeiras
É mais fácil controlar os gastos quando você está em casa: na rua, você acaba não controlando corretamente o dinheiro que gasta porque tem o costume de comprar as coisas por impulso – um lanche, um café, um sorvete – ou na correria.
Em casa, a tendência é que você saiba exatamente onde gastou o seu dinheiro. Mantenha-se assim: sempre que fizer uma compra, anote o valor que gastou, o valor que está disponível na sua conta bancária e a meta de economia para o final do mês.
Dessa forma, você pensará duas vezes antes de encomendar algo que não é primordial para o bem-estar da sua família ou importante para o momento presente.
Cancele assinaturas desnecessárias
Há vários sites e empresas fornecendo, nesse momento, serviços de streaming, cursos – alguns com certificado! -, aulas e workshops por valores irrisórios ou até mesmo de graça.
Se você pode economizar nas assinaturas, faça isso. Cancele os pacotes mais caros de televisão por assinatura, ligue para a companhia que fornece internet e peça um desconto temporário, escolha serviços que possam ser compartilhados – dessa forma, você divide os valores entre amigos ou familiares.
Compre apenas o essencial
Pense: se você não vai sair de casa ou sairá muito pouco nas próximas semanas, precisa mesmo comprar um sapato novo, uma calça jeans cara ou um novo vestido?
Durante o período de quarentena e com a instabilidade do mercado, a melhor opção é não gastar com os supérfluos.
Guarde o dinheiro que você usaria para comprar roupas novas; se alguma conta básica vier mais alta – e é normal que venha, uma vez que haverá mais gente em casa, por mais tempo -, você agradecerá por ter feito essa economia.
Cuidado com o cartão de crédito
Muita gente gosta de passar as contas básicas no cartão, para que possa pagar todas de uma vez, no dia do vencimento da fatura. Essa é uma boa ideia, porque permite que você tenha mais controle sobre o dinheiro que terá que desembolsar ao final do mês.
Vale ter muita cautela, no entanto, porque alguns cartões de crédito cobram juros muito altos se houver qualquer tipo de atraso.
Da mesma forma, os cartões de crédito podem dar ao usuário a impressão de que ele possui muito dinheiro para gastar. O limite pode ser empolgante, mas deve ser observado com cautela e respeito: no final, cada centavo deve ser pago.
Faça uma planilha grande, que pode ser vista por todos
Um quadro branco e um canetão podem fazer com que todos fiquem cientes dos gastos obrigatórios e da necessidade de enxugar o orçamento.
Se você não tem um quadro branco, não se preocupe: você pode improvisar um com um pedaço de cartolina ou, se preferir algo mais moderno, utilizar um programa de controle de gastos.
Há aplicativos que permitem ao usuário registrar cada pequena transação efetuada. Há outros, por sua vez, que registram automaticamente as mudanças na conta bancária.
Escolha a opção que mais se adequa à sua realidade e siga adiante. Ter o controle financeiro é fundamental, especialmente quando em momentos de imensa instabilidade.