A Polícia Civil está investigando o caso do casal de 23 anos de idade encontrado morto, com sinais de disparos de arma de fogo, dentro da própria residência no município de Moita Bonita (SE), nesta segunda-feira (9). O homem, segundo a delegada Clarissa Lobo, tem histórico de envolvimento com tráfico de drogas, roubo, desacato, além de porte ilegal de arma de fogo.
De acordo com as investigações, a suspeita é de que o homem tenha atirado contra a mulher e, em seguida, cometido suicídio.
“O que se conhece, principalmente do histórico do homem, é que ele tinha algumas passagens [pela polícia], é suspeito de diversos crimes na cidade, particularmente tráfico de drogas. Ele era investigado por isso, mas também já respondeu procedimento por desacato, desordem, já foi preso por porte de arma e por roubo. Foi preso em flagrante há cerca de três ou quatro meses por ter reagido ao comando policial, que era uma condução coercitiva porque ele tinha se negado a comparecer na delegacia. E chegou a machucar o braço do policial”, disse Clarissa Lobo.
A delegada informou que, pelo que ouviu de testemunhas, o relacionamento do casal era conturbado. Apesar disso, a mulher nunca procurou a polícia. “Muitas brigas, muitas delas por ciúmes. Muitas separações e retomadas, mas nada disso foi registrado”, falou.
A Polícia Civil apurou que eles estavam em uma festa na noite do domingo (8). Na segunda-feira pela manhã, a família da mulher teria tentado entrar em contato com ela, mas não conseguiu e procurou ajuda dos policiais.
“Eles estiveram na residência do casal, chamaram e como ninguém atendeu, arrombaram a porta e infelizmente encontraram o casal morto, despido e com sinais de luta pela casa. Então, provavelmente, foi mais uma briga que o casal teve e como ele é envolvido com crimes, portando uma arma de fogo, provavelmente disparou contra ela e em seguida se matou”, informou Clarissa Lobo.
Ainda segundo a delegada, há rumores de que o homem teria dito que cometeria o crime. “Mas acredito ela não acreditava que ele chegasse e concretizasse as ameaças. Infelizmente isso é muito comum. Muitas mulheres não acreditam que seus companheiros chegarão ao limite de tirar-lhes a vida”, concluiu.
Os corpos do casal estão no Instituto Médico Legal (IML) aguardando liberação. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
G1 Sergipe.