Quando este jornalista fala que a grande maioria dos vereadores estão lá para aplaudir o prefeito e desejar feliz aniversário aos aniversariantes da semana, este jornalista não está cometendo exagero. Existem apenas poucas exceções.
Quando vereadora, Cassia de Zico aproveitou a oportunidade para disparar contra a casa parlamentar: “Quem não sabe que a maioria dos projetos que mandam pra cá, são feitos na cozinha da prefeitura”?
Nem as manifestações da população na câmara de vereadores em 2016, nem através das redes sociais, nem a luta do Sindiserve e nem tão pouco a repercussão a nível nacional fizeram com que o Prefeito Francisco Carlos Nogueira Nascimento “Chico do Correio” vetasse o projeto de lei que aumentaria os subsídios tanto do executivo como do legislativo, fazendo com que o prefeito de Nossa Senhora da Glória, fosse um dos prefeitos mais bem pagos do país.
A câmara de vereadores de Nossa Senhora da Glória, por coincidência aprova projetos polêmicos sempre no “apagar das luzes”, em sua maioria das vezes quando há festividades e muitos faltam ou quando entram em recesso, para a população não ter o direito de protestar.
Pois bem, em uma semana a câmara de vereadores de Nossa Senhora da Glória aprovou dois projetos que quase passaram desapercebidos. O primeiro foi o aumento da remuneração da mesa diretora e o segundo um tanto quanto estranho.
Para quem não sabe segundo informações, a prefeitura desde que Chico do Correio assumiu, adquiriu duas ou três fazendas em nome do município, não se sabe se através de “doações” e até mesmo de compra, sendo que os valores não foram divulgados (em caso de compra) e nem para qual fim as fazendas serviriam para a população.
Estranhamente, na última quinta-feira (12), a foi colocado em pauta o projeto de n° 33 de 11/12/2019 que foi encaminhada pela prefeitura para apreciação e aprovação que autoriza o poder executivo municipal a promover a alienação de bem público municipal.
Esse projeto para deixar claro a população, serve para autorizar a prefeitura a promover um leilão do imóvel rural (fazenda), que tem a matricula n° 6442 conhecida como FAZENDA CAMPOS que tem nada mais nada menos que 648 tarefas.
Agora vem alguns questionamentos:
Se o local é infrutífero, como foi mencionado durante a sessão, porque foi adquirido?
Como comprar uma fazenda com 648 tarefas, se não tinha projeto para utilizá-la?
Porque os valores das compras nunca foram divulgados?
Se foi doada, porque não foi feita a divulgação?
Como é sabido de todos imóveis que vão a leilão, são vendidos bem abaixo do valor que foram adquiridos, fazendo com que a pessoa que esteja vendendo, nesse caso a prefeitura tome prejuízo.
Como diz a música da Banda Luxúria: “Sou o top do momento
A vida mais ou menos continua
Depois de muito Chandon
É muita luxúria”
Maycon Fernandes/Jornalista